domingo, 29 de agosto de 2010

Quando escutamos e fomos escutados

Nosso terceiro dia de curso foi todo preenchido de sons.
Cláudia nos recebeu jogando bolinhas, ao som de "Oba!", para cada um. Em seguida recebemos e fizemos massagem nas costas de nossas duplas com bolinha.
Cantamos "Bom dia!" desejando um dia especial, alegre, leve, leve ao quadrado, criativo, divertido, etc para todos.
"A Bolinha virou laranja" e cantamos em RODA a música:

"Laranja madura, que cor tem ela. Ela é verde e amarela. E agora a (nome de alguém) está de frente pra ela. Ela é verde amarela."

Nosso próximo passo foi deitar, fechar os olhos e ouvir todos os sons possíveis, audíveis que preenchiam o TEAR e suas proximidades. Ao sentarmos em RODA, cada um reproduziu o som que ouviu. Das bocas de todos os participantes ouvimos: toc toc, psiiiiiiiiiiiii, fungadas, atchim, estalos de língua, piu piu piuuuu, tsssssssssssss, etc. As risadas ganharam o momento.
Nos dividimos em duos e trios, sorteamos cartas com imagens de situações ou objetos que emitiam sons.
Organizamos uma frase de sons para apresentarmos ao grupão. Aprendemos que, assim, introduzimos no vocabulário infantil a primeira noção da escrita. Cada grupo teve sua característica na hora da apresentação. Uns mais desinibidos, cantando "Sozinho" do Caetano Veloso, arrastando-se no chão para imitar uma lesma; outros ficando em silêncio para imitar uma tartaruga, ou rindo como um bebê sapeca; outros rememorando o barulho do mar; outros apitando cartão vermelho; ou silenciosamente uma torneira pingando.

Tivemos uma conversa que nos despertou para a diferença entre OUVIR e ESCUTAR. Será que nós escutamos realmente os outros e o mundo. Será que nos escutam? Como é importante aprendermos a escutar o outro, não somente com os ouvidos, mas com o corpo todo. Principalmente trabalhando com crianças, como é importante cuidarmos do que e como falamos com elas e as escutarmos.

Hora do recreio! Lanchamos todos juntos em volta da mesa da cozinha.

Cláudia nos chamava de volta para cantarmos a música "Meu boizinho" do grupo Olá, quando marcamos o ritmo com palmas e pés.
De uma bolsa, estilo Marry Poppins, sairam diversos instrumentos feitos de madeira, panos e lenços mis e diversas sucatas. Nossos olhos iam se enchendo de vontade de pegar e tocar em tudo, enquando a Cláudia arrumava tudo. Quando ela terminou de arrumar, olhou para a gente, esperando que avançássemos nos instrumentos. Timidamente perguntamos: "Podemos mexer?" Ela respondeu: "Claro!!!!". Voltamos a ser crianças ao experimentarmos todos os panos como roupa, tocarmos em todos os instrumentos e sucatas. Eis que aparece na nossa sala uma surpresa, um presente. Luisa, uma bebê muito linda, chegou com sua mãe para fazer parte da nossa bagunça.
Durante a apresentação dos instrumentos, Cláudia chamou a Luisa para mostrar como que podemos usar a Kalimba, encostando na barriga dela e tocando. Luisa se mostrou muito satisfeita com a vibração que sentia em sua barriga. E nós, babamos muito.

Nossa tarefa seguinte foi criar um final artístico, utilizando os instrumentos, panos e sucatas para o final da música "Tó-toque-toque!" do grupo Olá!. Alguém batia na janelinha da casinha. Cada grupo deveria inventar quem bateria na janelinha. Todos os grupos acabaram interpretando a música toda:
"E banco virou janela e a chuva choveu forte nela. Lenços viraram vento, da sucata fez-se instrumento"
E mais uma vez nos divertimos muito, criando e re-criando.

Ouvimos mais uma música, desta vez tocada no violão pela Cláudia.
"Dia diferente" também do Grupo Olá.
Nossa tarefa era criar duas estrofes para a música, com base em tudo que haviamos visto no dia.
O resultado foi:
"Aconteceu minha gente
um dia bem diferente
Aconteceu minha gente
um dia bem diferente

Bolinha virou laranja
e um bom dia surgiu no TEAR
A Cláudia viajou com a gente
e juntos pudemos criar

Aconteceu minha gente
um dia bem diferente
Aconteceu minha gente
um dia bem diferente

E banco virou janela
e a chuva choveu forte nela
Lenços viraram vento
da sucata fez-se instrumento


Aconteceu minha gente
um dia bem diferente
Aconteceu minha gente
um dia bem diferente

Você precisava ver
Esse dia diferente
O biscoito virou bicho
e o trenzinho
virou gente, gente, gente, gente... tch tch tch tch tch...."

Conversamos e lemos um pedaço do texto "A brincadeira como encontro de todas as artes" de Maria Teresa Jaguaribe de Moura e, felizes, nos despedimos, ansiando pelo próximo encontro!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Aula II-Por Tânia Bordeira

Olá,amigas(os).
A aula,de sábado, dia 21, foi sobre o percurso do corpo, com a Sonia
que é professora de Educação física e Contadora de Histórias.
Começamos com roda, nos apresentando com a música "Olaria do
Povo",sacudimos nossos braços com a música do "Coqueiro" e ainda fizemos
um gostoso alongamento em nosso corpo.Pulamos que mem crianças com a
música "Pulguinha "do grupo Palavra Cantada e vimos como é importante
trabalhar a lateralidade com a música "Desengonçada"da Bia Bedran.
No quintal voltamos a ser todos crianças quando brincamos de nós grudar
em duplas ou trios com o pique chiclete ou quando tínhamos que correr
para colocar alguma parte do corpo no bambolê ou barbante,material
usado pela Sonia. Encerramos com a história do Ziraldo :Dodó. Vimos
quão é importante se trabalhar as partes do corpo,pois primeiro a
criança se vê como um todo só depois ela começa a nomear e ter a noção
do seu próprio corpo.Pois se a criança está bem desenvolvida, através do
seu desenho ela aprenderá a ler e escrever muito mais fácil e rápido!
Voltamos a imitar os bebês, passando por dentro do túnel de tecido e
também com a brincadeira do tatú. Fizemos a festa na floresta imitatando
os animais.Brincamos com jornal de amassar, rasgar e fazer guerra de
bolinhas e quem tivesse menos bolinhas ganhava.
Encerramos esta primeira parte com uma conversa sobre a importância de
estimular os bebês.









Depois de um gostoso lanche fomos todas(o)para o andar de cima
brincarmos de ciranda.A Sonia leu alguns trechos do livro:Brasil Folião
onde a autora Fátima Miguez, pegou algumas telas de artistas, que
retratam danças e criou poemas.





E a partir daí foi´só cirandarmos,passando pela dança Companhia Foclórica da UFRJ, pela dança e ritmoCacuriãh,e também conhecendo outras danças e rítmos floclóricos:Coco,Frevo e o Maracatú. Encerramos nossa ciranda com música do Sul";Ai bota aqui o seu pezinho" e "massa ,massa".









Retratamos com tinta guache algum tipo de dança e para encerramos está
gostosa manhã, algumas colegas leram o texto:Aprender Brincando.
Escrevi para vocês com muito carinho e deixo alguns sites sobre o
brincar e sobre educação, que são bem interresantes.

www.papodemae.com.br-Programa pasa na TV Brasil-dom as 19:00
www.abrinquedoteca.com,br- site que dá dicas de Brinquedos e jogso
entre outos
www.sinpro-rio.org..br- Sindicato dos Professores
www..kidsinrio.com.br- Site que dá dicas culturais e indica
profissionais
www.briquelivros.com.br-site de livros e brinquedos
www.ipadireitodebrincar.org.br-Associação sobr eodireito de brincar
www.guiadoriodejaneirocomcrianças.com.br- Guia da programas para se
fazer com as crianças
www.obrasocial.rj.org.br-cursos de capacitação Grátis

Beijos carinhosos e afetuosos em todas(os) vocês

Tania Bordeira.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Era uma vez uma casa, num sábado de inverno

Num sábado friorento o sobrado da Tijuca, sede do Instituto Tear, recebeu moças e moços embrulhados em seus casacos para o início do curso de Arte na Educação Infantil. Da cozinha, onde eu aguardava o início do meu curso, Linguagens da Arte na Educação, ouvia as vozes entoando uma canção, marcada pelo compasso do tambor. Os minutos foram passando e eu ainda era a única componente da minha turma, então fui convidada a participar do outro grupo. Entrei na sala e todos caminhavam em círculos, o tambor ditando o ritmo enquanto muitas meninas e dois meninos, ainda tímidos, cruzavam seus passos.
Misturei-me a eles e caminhei pela sala até que, súbito, fez-se silêncio. Maria Clara, a Cacá, sugeria que nos apresentássemos aos outros, divididos em grupos. E então me vi cercada de professoras sorridentes, muito parecidas em suas histórias e com muita vontade de estar ali. Éramos iguais, quer fôssemos formandas, estudantes ou profissionais de alguns anos de carreira, em nossa vivência diária com crianças ou com absoluta inexperiência com o universo infantil.
Divididos em pares, ocupamos o chão e apresentamo-nos uns aos outros. A mim coube apresentar Juju, estagiária da casa, atriz, estudante de Educação física e bailarina do espetáculo Marias Brasilianas que conseguiu facilmente falar de mim, estudante de Comunicação Social, fazendo-me parte do grupo também.

Das peripécias de um barbante

Assim que nos conhecemos um pouco, eis que surge um barbante, nas mãos de Cacá e então a tarefa de transformá-lo em coisas diferentes por cada um de nós. E o barbante virou como mágica bolsa, cordão, laço de fita, bailarina de pernas compridas, cinto e corda de pular ou asas para voar em poucos segundos. Mas era pouco. Cabia-nos agora o exercício de pensar coletivamente criando uma história com ele, o barbante.
E surgiu no centro da sala um menino, indo pra escola com sua bolsa, o cordãozinho mágico de tantos usos levando seu cachorro a passear, no balanço com uma menina, mochila onde guardava sua merenda ou surgindo de repente como um balão no céu ou uma poça no chão.
Olhamos então e nos risos de todos o menino já dormia em sua cama finalizando a brincadeira. No centro da roda havia uma caixa e dentro dela muitos pedaços de madeira pra construir uma grande torre, peça por peça. Viramos crianças, cada um torcendo para que a peça colocada sustentasse o peso das outras chegando cada vez mais alto. E foi num movimento súbito, tal e qual bolha de sabão, que a torre veio ao chão fazendo o grupo dar muitas risadas.

Hora do DVD

Logo depois era hora do vídeo e nos espalhamos em uma sala assistindo ao DVD onde crianças, em meio a muita diversão, criavam um blog sobre brincadeiras antigas, entrevistando com competência e naturalidade donos de lojas de brinquedos, professores e alunos de outras escolas que deram sua opinião sobre o assunto.
O friozinho do dia, o fato de estarmos em redor de uma televisão e o todo do aconchego da casa provocaram em mim e acredito não ter sido a única, uma enorme sensação de retorno à infância. A criatividade e a imaginação tanto tempo esquecidas já esticavam as pernas e pediam por mais exercício.
Descemos as belas escadas de mármore e lemos um pouco sobre o conceito de brincadeira, pontuando a leitura com as observações de cada um sobre o texto. Como na escola, enfim chegou a hora do lanche e nos reunimos na cozinha em torno de uma mesa comprida , biscoitos surgindo das bolsas e o café quentinho na garrafa térmica.A cada segundo esperava que fosse surgir uma avó sorridente sobraçando um tabuleiro de bolo, tamanha era a sensação de estar em casa .

Construindo torres

Voltamos à sala e a caixa de pedaços de madeira nos aguardava, de onde tínhamos que retirar peças para criar desafios uns para os outros. Pela primeira vez não senti na palavra o efeito aterrorizante do verbo desafiar, comprendi-a como uma sugestão onde valia o sentido de participar, estar integrado, e onde não haveria vencedores além de todos os participantes. Três grupos montaram suas peças e nos revezamos em jogos de boliche, “ziguezagueando” entre blocos de madeira e bancos, rastejando por baixo de cordas, fingindo escavar paredes ou dando cambalhotas no chão. No final, bem ou mal sucedidos, todos éramos recebidos por vivas e gargalhadas.

Brincando de casinha

Aproveitamos a trégua do tempo chuvoso e fomos ao quintal buscar material para montar ambientes onde as crianças brincarem, mercado, escola e casinha, conforme o grupo. Crianças nos tornamos todos, imaginando cada elemento de nosso pequeno universo, transformando tampinhas em dinheiro, pedaços de papelão em caminhas onde nos deitamos e disputando alegremente brinquedos ante o olhar das “professoras" da escolinha.
E a corda por baixo de onde passamos tinha mesmo que ocupar seu lugar para que pulassem as mais corajosas sob o coro da musiquinha: " um homem bateu na minha porta e eu abri, senhoras e senhores ponham a mão no chão..."


Gostinho de quero mais

De volta finalmente à sala, terminamos o texto e falamos cada um de nossas impressões, recordando nossas próprias brincadeiras. E na nossa frente surgimos todos descendo encostas em pedaços de papelão, brincando de elefantinho colorido, pique-alto, mamãe na rua, pique-bandeira e esconde-esconde, nos dividindo entre polícia e ladrão e questionando o porquê mesmo de nossas mães não nos deixarem brincar de carniça .
Despedimo-nos ali, não sem antes sermos recebidas gentilmente por Denise,também fundadora do Instituto Tear, que nos avisou que agora fazíamos parte da casa, algo que com certeza já sentíamos em grande maioria. Afinal não corrêramos, puláramos corda, voáramos pela sala em asas de barbante ou dentro de um balão, construindo torres tão altas quanto pôde chegar nossa imaginação?Agora nos resta esperar pelo próximo sábado e saber onde esta irá nos levar.

sábado, 14 de agosto de 2010

Jogos de faz de conta ou Jogo simbólico






Na segunda parte da aula criamos cantinhos de dramatização para estimular as crianças a brincar de faz de conta.
Não precisa nem dizer, que todos viraram crianças de novo!
Vejam as fotos!

PRIMEIRA AULA





Hoje demos início ao curso Arte na Educação Infantil...
Sejam todos bem vindos ao nosso blog! Escrevam, comentem, participem!
Nesta primeira aula trabalhamos a importância da Brincadeira na vida de todas as pessoas, adultos e crianças.
A Tatiane ficou de escrever aqui o relato da aula, então vamos aguardar!
Vou postar algumas fotos que tirei!
Adorei reencontrar alguns de vocês e conhecer os outros!
Beijos,
Cacá