quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Brincando com diferentes sons. 11/09/10

Dando continuidade ao trabalho com sons, o professor Sérgio esteve conosco neste quarto encontro, nos ensinando como gostoso é trabalhar com a música.
Começamos nossa manhã nos apresentando em roda, como de costume, falando nossos nomes e o local de trabalho. Para animar essa apresentação, brincamos com a música “Fruta do conde”. Aprendemos o pequeno trecho e depois cada um de nós inseriu na canção seu nome e o que gosta ou não gosta de fazer.
“Fruta do conde, caqui, jerimum,
Água da fonte, ipê, urucum.
Meu nome é fulana e eu gosto de brincar”

Batendo com as mãos no joelho e batendo palmas ritmamos a música. O desafio era bater e cantar, depois só bater, sem bater e sem cantar, mais uma vez só batendo e por último batendo e cantando novamente.
Após esse momento escutamos com atenção a fábula indígena da Tartaruga e da Raposa.
Essa história falava sobre uma floresta chamada Grajaúba, onde viviam muitos animais. Lá existia uma fruta que só quem soubesse o nome dela poderia comê-la. Se pegasse ou se ela caísse da árvore, mas seu nome não fosse pronunciado, a fruta viraria pedra. O único animal que conhecia seu nome era a Raposa, que vivia do outro lado da floresta. A Tartaruga, então, resolveu ir até a casa dela para descobrir esse misterioso nome. Carregando seu violão nas costas, depois de seis meses de caminhada, finalmente chegou ao seu destino e bateu na porta da casa da Raposa. Foi atendida e ao perguntar o nome da fruta a Raposa responder muito rápido e fechou a porta. Não satisfeita, a Tartaruga resolveu bater de novo, pra ver se dessa vez ela entendia. Mais uma vez a Raposa respondeu muito rápido, mas a Tartaruga conseguiu escutar: “Frutapépretopápratapópapopé”. Para não esquecer aquela palavra tão importante e tão difícil de falar a Tartaruga pegou o seu violão e fez uma música, para que pudesse guardar melhor o nome da fruta. Assim, foi de volta para o outro lado da floresta cantando sua música e ensinando aos animais, para que todos pudessem alimentar-se daquela fruta.

Sérgio propôs algo parecido pra gente. Pra conseguirmos pronunciar aquele nome tão complicado, cada grupo ficou com uma parte da palavra e com instrumentos criamos um “som” para aquele trecho. Depois de ensaiar e todos se apresentarem, juntamos todas as partes e, assim, conseguimos aprender o nome da fruta.

Coletivamente lemos depois o livro “Arca de Eon”, de Maria Amália Camargo. Após conhecer diferentes bichos dessa arca, aprendemos uma música bem animada:
“Lá vem o crocodilo e o orangotango
As duas serpentinhas e a águia real
O gato, o rato, o elefante, não falta ninguém
Só não se vê os dois capelens.”
Fomos cantando, dançando e brincando de criar poses para o que seria um capelem. Aparecerem capelem bailarina, capelem escondido, capelem cansado, capelem voador. Depois, ao colocar sucatas, fios coloridos, cola e tesoura, Sérgio pediu para que criássemos nosso próprio capelem. Tivemos que imaginar também onde ele morava, o que comia, o que gostava e o que não gostava de fazer. Com muita criatividade, foram feitos lindos capelens!

Mais música! Aprendemos e cantamos juntos, com gestos, a música de um pobre cãozinho, rss.
“O cão foi na cozinha e o prato ele quebrou. O cozinheiro viu e o cão ele matou. Vieram as galinhas e enterraram o cão. Na placa estava escrito a seguinte inscrição. Aqui passou um cão, que o cozinheiro matou. Só porque ele viu o cão que o prato quebrou.”
Em grupos de quatro pessoas, recebemos o desafio de substituir algumas palavras dessa música por som, utilizando instrumentos e nossa voz. Entrar no ritmo foi difícil, mas valeu a diversão!
Para conhecer a história do tatu, Sérgio leu pra gente o livro “Que bicho será que fez esse buraco?”, de Angelo Machado. Depois brincamos em roda com copos, cantando “Viva eu, viva tu, viva o rabo do tatu”. Para acompanhar tantos movimentos foi preciso concentração, alguns ficaram “perdidos”, e mais uma vez valeu a diversão.

Por último conhecemos mais uma música e em roda cantamos e dançamos:
“Chovendo Tatu se esconde para não se molhar
Mas quando o sol aparece ele sai para brincar.
E pula pra lá, pula pra cá, pula pra lá, pula pra cá
Vai pulando, vai pulando
Vai pulando até cansar
Olha a chuva Tatu...”

O Sérgio ainda queria ter trabalhado outros livros com a gente, mas não tivemos mais tempo. Fica aqui a dica, para que não deixemos de conhecer:

O macaco e a velha – Braguinha (possibilidade de trabalhar com o CD do livro, da série disquinhos.
Bom dia, todas as cores – Ruth Rocha (possibilidade de trabalhar com CD “Mil pássaros”)
A rainha das cores – Jutta Bauer. Cosac e Naify.

Assim foi nossa manhã. Mais uma vez aprendemos muito, trocamos, brincamos e nos divertimos, saindo do TEAR com aquele já famoso gostinho de quero mais.

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Puxa, eu esqueci a melodia da música do cachorro! Não faz mal, amanhã vocês me lembram! heheh
    adorei o escrito, Clarissa!

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  3. Ficou ótimo seu relato Clarissa! li antes do planejamento do Sérgio! Parabéns! Beijos, Cacá

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  4. Obrigadinha =) Valeu então o esforço!
    Até entender como fazia para postar não foi fácil,rss.
    Bjinhos, meninas

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